terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

GRAVANDO ÁUDIO EM UM NOTEBOOK COM SISTEMA LINUX, USANDO UMA INTERFACE DE ÁUDIO USB E O PROGRAMA AUDACITY

Agora que você já tem um teclado e/ou um sintetizador, o que está faltando? Gravar suas performances, claro!

Para gravar áudio em um PC é necessário que o computador possua uma placa de som, com entradas para microfone e AUX, como a mostrada a seguir.

No entanto, em um notebook, devido a ausência de slots para conectar uma placa, é preciso usar uma interface de áudio USB, como esta, mostrada na seguinte imagem, marca Knup, modelo HB-T65.


Este modelo possui duas entradas P2 para microfone e duas saídas P2 para fone de ouvido. Usaremos uma das entradas P2 para microfone como uma entrada AUX, para conectar nossa fonte de áudio, como por exemplo um teclado ou um sintetizador.

Outras possibilidades de interface de áudio USB são a interface Newton:


Ou esta outra interface USB de baixo custo:


Todas estas opções são alternativas de baixo custo, mas fornecerão uma boa qualidade de gravação.

Nesta postagem mostramos como usar a interface de áudio USB para gravar uma fonte de áudio usando o programa Audacity. Usamos a distribuição Linux Ubuntu 18.04.

O Audacity é um editor e gravador de áudio multi-trilhas, disponível para Windows, Mac OSX e Linux.

EXECUÇÃO

1. Instale no Linux o programa Audacity (https://www.audacityteam.org/).


2. Conecte a interface de áudio em uma entrada USB, abra o painel de configurações do Ubuntu e habilite o dispositivo Microfone USB PnP Sound Device na aba Entrada da configuração de som.


Na aba Saída você poderá selecionar a saída de áudio interna ou um fone de ouvido externo para ouvir a gravação.

3. Abra o controle de volume do Ubuntu e silencie o microfone interno.


4. Defina o microfone interno como secundário.


5. Grave o áudio usando os controles do Audacity.


6. Você pode mixar várias fontes de áudio usando o Splitter Belkin conectado à entrada de microfone da interface de áudio USB.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

CRIE UMA PORTA MIDI OUT REAL PARA UM TECLADO CONTROLADOR MIDI USB PURO SEM UM PC

Se você possui um teclado controlador MIDI com uma porta MIDI USB, sem saídas MIDI OUT (conector DIN 5 pinos), deve saber que não poderá conectá-lo diretamente em um sintetizador, pois o teclado necessita de um host. O host fará a conexão MIDI e fornecerá alimentação para o teclado. Para isso, normalmente usamos um computador como host, como já vimos em postagens anteriores.

No entanto, isso limita as possibilidades de uso pela necessidade de se ter sempre um computador na configuração.

Esta postagem vai mostrar como conectar um teclado controlador USB MIDI puro, o Masterkey 25 da Acorn, em um sintetizador, neste caso o Volca Keys da Korg, com o uso do módulo USB MIDI host da Excelvalley. O módulo eliminará a necessidade de um computador.

Nesta postagem mostraremos as dificuldades e desafios enfrentados para a conexão do dispositivo.

O módulo USB MIDI host da Excelvalley é mostrado na seguinte imagem.


O módulo da Excelvalley não é compatível com teclados controladores que possuam um USB host interno. Para verificar se o seu teclado possuiu ou não um host interno, no Linux você poderá usar os comandos usbview, lsusb e usb-devices. Infelizmente o programa usbview foi retirado da distribuição Linux 18.04. Não foi possivel instalá-lo usando apt-get. Então, usaremos o lsusb e o usb-view para confirmar que o Acorn Masterkey 25 não possui host interno.

Para isso, primeiro conectamos o teclado no computador. Então abrimos um Terminal Linux e usamos o comando lsusb para listar os dispositivos USB conectados ao computador.


Verificamos que o dispositivo candidato a ser o Masterkey 25 é o assinalado na imagem acima, o de número 2467. Então, usamos o comando usb-devices para verificar se o dispositivo possui host interno.



O dispositivo assinalado na imagem acima é o teclado. Observe que ele não está indicado como host, mas como dispositivo de áudio.


Isso significa que ele não possui host interno e pode ser usado com o módulo da Excelvalley.

O equipamento da Excelvalley possui uma conexão de alimentação (5V), que alimentará também o teclado, e uma conexão USB MIDI.


O equipamento não vem com a fonte de alimentação, nem cabos. Para alimentar o módulo usei um carregador de celular conectado por um cabo com conector mini USB V3, que ilustro na seguinte imagem. Este cabo é usado em dispositivos GPS e pode ser encontrado facilmente em lojas de componentes eletrônicos.



Do outro lado do equipamento, temos um conector MIDI DIN 5 pinos para conectar o Volca Keys com um cabo MIDI.



A seguinte imagem ilustra as conexões feitas.


A conexão do teclado da Acorn com o módulo USB host não funcionou com o cabo que acompanha o teclado, original de fábrica, por razões que não consegui apurar. No entanto, funcionou perfeitamente com um cabo padrão de mercado, usado para conexão de impressoras, que está ilustrado na seguinte imagem.


Em contato por email com a Nektar Technology, fabricante do controlador MIDI Acorn Masterkey 25, recebi a informação que "provavelmente" o equipamento também funcionaria com outro USB MIDI host popular, o Midiplus. Mas esta possibilidade eu não testei.


O funcionamento do equipamento da Midiplus é idêntico ao da Excelvalley, porém o módulo host da Midiplus conta com uma entrada MIDI IN que o da Excelvalley não possui.

sábado, 26 de janeiro de 2019

O QUE É O PROTOCOLO MIDI?

Você já deve ter se deparado com algum instrumento musical compatível com o padrão MIDI. Talvez tenha ouvido falar que o MIDI representa uma revolução na música. Mas, exatamente o que é o MIDI?

Musical Instrument Digital Interface (MIDI), interface digital de instrumentos musicais, é um protocolo que especifica como os instrumentos musicais eletrônicos podem ser interconectados e controlados remotamente. O protocolo MIDI possui três partes:

  • Uma especificação de hardware para as conexões entre os equipamentos
  • Uma linguagem de comunicação de mensagens musicais
  • Um formato de armazenamento de informações

O protocolo MIDI tem sua origem na década de 60, com o advento dos instrumentos musicais eletrônicos e do sintetizador eletrônico. A revolução dos sintetizadores eletrônicos tem um nome: Robert Moog.

Moog, ao final dos anos 60, desenvolveu sintetizadores que levam seu nome e que revolucionaram a música. Mas estes primeiros sintetizadores eram analógicos e não haviam sido projetados para serem interconectados. Muito menos, na época, poderia-se imaginar a popularização do computador pessoal, e a possibilidade de usar software de música, com capacidade de comunicação com os instrumentos eletrônicos.

A primeira solução para o problema de interconexão de dispositivos musicais foi a tecnologia CV/gate (abreviação de Control Voltage/gate). CV/gate é um método analógico de controle e sincronização de instrumentos eletrônicos. Neste método, a voltagem de controle do sinal controla o pitch (altura ou tom da nota) e o sinal de gate controla o início e fim de nota (ou seja, sua duração). No entanto, o método CV/gate é muito simples e sem recursos.

No início da década de 80, já havia um grande avanço em instrumentos musicais digitais, o que levou a um esforço de trabalho conjunto de diversas empresas para um padrão de interconexão de instrumentos que fosse independente do fabricante. Deste esforço inicial participaram: Sequential Circuits (EUA); Roland Corporation (Japão); e Oberheim Eletronics (EUA). Outros fabricantes japoneses também estavam trabalhando em um padrão deste tipo. A união destes grandes fabricantes japoneses, como a Korg, a Kawai e a Yamaha, com os fabricantes estadunidenses, incluindo a Moog, resultou na publicação do padrão MIDI 1.0 em 1983.

Desde então, o padrão MIDI é controlado por duas organizações:  MIDI Manufacturers Association (MMA), com sede em Los Angeles; e MIDI Committee of the Association of Musical Electronics Industry (AMEI), com sede em Tóquio.

O protocolo MIDI foi imediatamente bem recebido no comércio de instrumentos musicais eletrônicos, tornando-se um modelo para a indústria. No entanto, mesmo possuindo inúmeras qualidades, o MIDI tem algumas carências para atender as necessidades completas dos músicos:

  • Limitado a uma velocidade de transmissão de 31,25 Kbounds
  • Possui apenas 16 canais para os controladores dos instrumentos
  • Apresenta um atraso inerente de aproximadamente 1 ms
  • Limitado ao uso da escala musical ocidental
  • Ausência de vários recursos musicais presentes em uma partitura, como por exemplo as ligaduras

Para se entender o padrão MIDI, primeiro deve-se perceber que o MIDI não é um padrão de áudio. A comunicação entre os dispositivos compatíveis com o padrão, não ocorre por sinais de áudio, mas usando comunicação por mensagens. Cada ação em um dispositivo MIDI, como o apertar de uma tecla do teclado controlador MIDI, resulta no envio de uma mensagem, em uma linguagem padronizada pelo protocolo, com descrições numéricas da ação sendo efetuada em codificação binária.

As mensagens especificam, por exemplo, o início de uma nota, seu término, altura e amplitude (volume). Mensagens MIDI podem ser comparadas aos rolos de pianos automáticos, controlando a sequência de notas e seus parâmetros.

O protocolo MIDI também viabiliza o envio de dados de relógio entre dois ou mais instrumentos. Isso permite a sincronização entre os dispositivos MIDI.

As mensagens MIDI são enviadas por caminhos independentes, chamados de canais (channels). Existem 16 canais por dispositivo MIDI. Os parâmetros de cada canal, como amplitude (volume), são independentes dos outros canais.

Uma mensagem MIDI inclui um byte de status, seguido de até dois bytes de dados. Um byte são 8 bits, a menor unidade de informação de um computador (correspondente a um dígito indicando 0 ou 1).

Em um byte de dados, o bit mais significativo é definido como 0. No byte de status, o bit mais significativo é definido como 1, os 4 bits de baixa ordem identificam qual canal pertence (quatro bits produzem 16 canais possíveis) e os 3 bits restantes identificam a mensagem.

As mensagens MIDI classificam-se em dois tipos principais:

  • Mensagens do canal - transmitidas em canais individuais
  • Mensagens do sistema - transportam informações que não são específicas do canal, como, por exemplo, sinal de temporização para sincronização

Uma instalação MIDI típica inclui teclado controlador MIDI, sintetizadores, mixer e um computador. Estes dispositivos são conectados fisicamente por meio de cabos MIDI.

Atualmente existem softwares de computador capazes de executar a função de criação de som anteriormente disponível apenas em sintetizadores baseados em hardware. Numa configuração (setup) atual veremos, conectado a um computador, um teclado que não consegue emitir nenhum som. Este dispositivo é chamado de controlador MIDI, e é responsável por enviar mensagens MIDI para o computador e os sintetizadores.

Os softwares usados para produção de áudio, conectados à dispositivos MIDI, formam o que chamamos de Digital Audio Workstation (DAW), estação de trabalho de áudio digital. O formato do padrão MIDI provê uma maneira de intercambiar mensagens MIDI entre programas diferentes, no mesmo ou em diferentes computadores.

Os cabos MIDI interconectam as portas MIDI, que são de três tipos:

  • Portas IN - recebem informação
  • Portas OUT - enviam informação
  • Portas THRU - envia uma cópia do sinal recebido por uma porta IN para o dispositivo ligado à porta

O conector usado no padrão MIDI é o conector DIN de 5 pinos como o visto na figura:

 

Foram definidas diversas extensões ao padrão MIDI 1.0 de forma a resolver algumas limitações. Em 1991 foi definido o General MIDI com o objetivo de padronizar os instrumentos MIDI.

No padrão General MIDI, os sintetizadores tem um grande número de sons, que são chamados de programas (patches ou programs). Os programas são organizados em bancos (banks), em número máximo de 128. O General MIDI padroniza os programas, de forma a que um instrumento, como por exemplo um violino, soe sempre da mesma forma em qualquer sintetizador.

Outras extensões ao MIDI 1.0 são: GS; XG; e GM2 (General MIDI 2.0).

O padrão MIDI também fornece um formato de arquivo, chamado de arquivo MIDI padrão (standard MIDI file) que armazena as sequências de notas, com múltiplas trilhas, em formato MIDI. O arquivo MIDI é muito compacto se comparado com os formatos de áudio.

Como o formato MIDI não contém nenhum som, somente comandos para tocá-los, é necessário transformar os comandos MIDI em sons de um instrumento. Uma das possibilidades para isso é o uso de SondFont. SoundFont é uma tecnologia de síntese baseada em amostragem, que pode tocar arquivos MIDI (veja esta postagem onde mostramos como usar um controlador MIDI com instrumentos SoundFont). SoundFont foi originalmente usado na placa de som Sound Blaster AWE32.

As amostras de instrumentos SoundFont 2 são armazenadas em arquivos de extensão SF2, em formato de áudio PCM. Os bancos SoundFont são compatíveis com sons padrão, como os definidos no General MIDI.

As organizações que controlam o padrão MIDI anunciaram, para 2019, o MIDI 2.0. O novo padrão atualiza o protocolo MIDI com configuração automática, novas integrações de DAW com a Web, alta resolução e outras funcionalidades, mantendo retrocompatibilidade com o padrão original.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Mancini, O. Uma Breve História do MIDI: tradução adaptada do artigo de Kristopher D. Giesing - Music 154. Disponível em: https://www.iar.unicamp.br/disciplinas/am005_2003/midi.pdf Acesso em: 27 de janeiro de 2019.

Brandão, M. O que é MIDI?: O Guia do Iniciante para a Ferramenta Mais Poderosa da Música. Disponível em: https://blog.landr.com/pt-br/o-que-e-midi-o-guia-iniciante-para-ferramenta-mais-poderosa-da-musica/ Acesso em: 28 de janeiro de 2019.

Introduction to MIDI and Computer Music:  The MIDI Standard. Disponível em: http://www.indiana.edu/~emusic/361/midi.htm Acesso em: 27 de janeiro de 2019.

O Padrão MIDI. Disponível em: https://www.ime.usp.br/~kon/MAC5900/seminarios/seminario_Marcelo.pdf Acesso em: 27 de janeiro de 2019.

Summary of MIDI Messages. Midi Association. Disponível em: https://www.midi.org/specifications-old/item/table-1-summary-of-midi-message Acesso em: 27 de janeiro de 2019.

SoundFont Technical Specification  . Disponível em: http://freepats.zenvoid.org/sf2/sfspec24.pdf Acesso em: 27 de janeiro de 2019.

White, D. MIDI 2.0 Is Coming: Prototyping of New Generation Of MIDI Devices Underway. NAMM 2019. Disponível em: https://djtechtools.com/2019/01/23/midi-2-0-is-coming-prototyping-of-new-generation-of-midi-devices-underway/ Acesso em: 30 de janeiro de 2019.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

EMW WCS-1: UM SINTETIZADOR BRASILEIRO DE PESO

Quem disse que o Brasil não produz sintetizadores? A EMW produz diversos equipamentos de alta qualidade. Entre eles, módulos Eurorack e três sintetizadores: WCS-1; EMW-200; e EMW-300.

O WCS-1 é um sintetizador analógico monofônico com oscilador digital, oferecendo seis formas de ondas. O equipamento possui VCF, LFO, EG, efeito glide e conexão MIDI. O valor do equipamento é muito atrativo, ficando em torno de R$ 1 mil.

ESPECIFICAÇÕES
 

VÍDEO


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

PRESETS PARA VOLCA KEYS

Iniciantes no uso do Volca Keys podem ter alguma dificuldade para entender como afinar o equipamento. Neste artigo, vamos explicar este assunto e sugerir algumas afinações interessantes.

A seguinte figura ilustra as afinações necessárias para obter os efeitos. Será necessário definir: forma de onda (dente de serra, triangular e quadrada); controle de oitavas, 5ª e 8ª, modulação ring e polifonia; controles de VCO (DETUNE, PORTAMENTO e EG INT); controles de VCF (CUTOFF, PEAK e EG INT); controles de LFO (RATE, PITCH INT, e CUTOFF INT); gerador de envelope (EG); e delay (tempo e repetição).


O Volca Keys é um sintetizador analógico. Ele possui três osciladores, o que lhe confere a capacidade de polifonia. No entanto, todos os osciladores compartilham o mesmo circuito eletrônico de filtro e amplificador.

O equipamento tem capacidade de modulação ring. Modulação ring é uma função de processamento de sinais em que dois sinais são misturados em frequência pelo produto dos dois sinais, onde um dos sinais modula o outro sinal. UNISON RING é o efeito de modulação ring em modo não polifônico e POLY RING é o efeito polifônico.

Os modos POLY são aqueles em que podemos tocar até três notas diferentes. Nos modos UNISON, onde não se pode tocar mais de uma nota, o botão VCO DETUNE define o quanto o sinal dos três osciladores vão ser misturados para produzir um som com mais harmônicas.

A opção FIFTH significa que a nota fundamental será produzida por dois dos VCOs, e o terceiro irá produzir a 5ª acima do tom. Semelhante à opção OCTAVE, em que o terceito VCO produzirá a 8ª acima do tom.

O VCF faz a filtragem do sinal gerado pelo VCO, mudando o timbre do som ao filtrar as frequências harmônicas do sinal de áudio. O botão CUTOFF controla a frequência de corte característica do filtro. O PORTAMENTO define um "deslizamento" das notas consecutivas.

Os botões TIME e FEEDBACK do Delay produzem uma repetição do som, por realimentação da saída na entrada. Este efeito adiciona profundidade ao som.

O LFO produz uma frequência baixa, abaixo do espectro audível, adicionando um efeito que é muito usado em dubstep.

O gerador de envelope (EG) serve para modular o sinal do equipamento. O EG do Volca Keys funciona com quatro parâmetros: ATTACK; DECAY; SUSTAIN; e RELEASE. O sinal de envelope, gerado pelo EG, é mostrado na seguinte figura:


A seguir vamos mostrar alguns presets interessantes para o Volca Keys.

PRESET 1

Selecionando POLY e com algum Delay e muito Decay/Release no EG, obtemos este som polifônico com um pouco de eco.



PRESET 2

Sem usar o LFO e com afinação conveniente no VCF, obtemos este som grave e limpo.




PRESET 3

Usando FIFTH, mais LFO RATE e zerando o LFO PITCH INT para obter este preset que lembra um pouco o rock progressivo dos anos 70.



PRESET 4

Reduzindo a oitava obtemos um som tipo Bassline.



PRESET 5

Reduzindo mais ainda a oitava e colocando o LFO RATE no máximo obtemos um super bass (típico do estilo de som dubstep). Lembra um pouco o som de um Minimoog.



PRESET 6

Característico som com onda triangular. Limpo e bonito.




PRESET 7

Obtenha os efeitos mudando os valores em VCO DETUNE, VCF CUTOFF e LFO RATE.




PRESET 8

Produza o som deslizando o dedo no teclado.



domingo, 20 de janeiro de 2019

SINTETIZADORES VST PARA CARLA E LMMS NO LINUX

Sintetizadores eletrônicos fazem parte da história da música desde os finais da década de 60, com a popularização do transistor eletrônico. No entanto, estes sintetizadores são caros para serem adquiridos. Uma alternativa é a simulação, em computador, dos circuitos eletrônicos do sintetizador, tornando este tipo de som acessível àquele que possui um computador com configuração adequada. Uma outra razão para a existência dos programas simuladores de sintetizadores é a possibilidade de se tocar um instrumento que já não é mais fabricado.

Existem duas formas de se fornecer este tipo de programa: Standalone e VST. Um programa Standalone é aquele que pode ser executado sozinho na máquina, sem a necessidade de outro programa. O VST é o oposto, pois é um plugin que necessita de um programa host de plugins.  Uma vantagem do uso de VST é que ele permite a integração do programa em seu DAW (Digital Audio Workstation).

VST é acrônimo de Virtual Studio Technology. VST é uma interface desenvolvida em 1996 que integra sintetizadores e efeitos de áudio com editores e dispositivos de gravação de som digitais, permitindo criar um  estúdio de gravação com software. Para seu uso faz-se necessário um host, um porgrama capaz de carregar plugins VST e integrá-los.

Um VST host para Linux, que vamos mencionar neste artigo, é o Carla. Outro programa para Linux com capacidade de usar plugins VST é o LMMS. Para o uso de plugins VST desenvolvidos para Windows em um sistema Linux, faz-se necessária a instalação do emulador Wine.

Carla é um host de plugins de áudio, com suporte para muitos drivers de áudio e formatos de plugins. Carla pode usar os formatos de plugin LADSPA (incluindo LRDF), DSSI, LV2, VST2/3 e AU, além de suporte a arquivos GIG, SF2 e SFZ. Carla usa o JACK como o driver de áudio padrão, mas também suporta ALSA. Em postagem anterior, mostramos como usar plugins VST Windows no Carla.

LMMS (conhecido anteriormente como Linux MultiMedia Studio) é um programa de estação de trabalho de áudio digital (DAW, Digital Audio Workstation) usado na produção  musical profissional em plataformas Linux, Windows e MacOS. Os recursos do LMMS são avançados e pemitem organizar amostras de som, sintetizar sons, sequenciar loops e tocar usando um teclado controlador MIDI. LMMS é uma ferramenta que pode ser usada para fazer música de qualidade sem muitas dificuldades.

Neste artigo vamos apresentar alguns plugins VST de sintetizador para serem usados no Carla e no LMMS.

FB-3100


Descrição: software sintetizador que simula o sintetizador Korg PS-3100, de 1977.
Link para download: https://www.fullbucket.de/music/fb3100.html
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

TAL-BASSLINE


Descrição: sintetizador de baixo analógico virtual, feito para criação de bassline, acid bass e efeitos, com um filtro de passagem de -18dB.
Link para download: https://tal-software.com/products/tal-bassline
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

HELM


Descrição: sintetizador por software com dois osciladores, gerador de ruído e efeitos.
Link para download: https://tytel.org/helm/
Compatibilidade: Carla
Licença: GNU-GPL

MODULAIR


Descrição: sintetizador modular polifônico
Link para download: https://www.fullbucket.de/music/modulair.html
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

 PRODIGIOUS


Descrição: sintetizador avançado com efeitos chorus e delay. Possui também um arpegiador.
Link para download: https://web.archive.org/web/20130121080007/http://www.synthescience.com/Products_Synthesizers_Prodigious_Synthesizer.html
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

COMBO MODEL F


Descrição: órgão combo virtual, modelado a partir de um conhecido órgão combo da década de 1960: o Farfisa Mini Deluxe Compact.
Link para download: http://www.vst4free.com/free_vst.php?id=1365
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

ATHMONOVA2


Descrição: sintetizador de 2 osciladores
Link para download: http://www.vst4free.com/free_vst.php?plugin=Athmonova2&id=2746
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

MINIMOGUEVA


Descrição: simula o lendário Minimoog.
Link para download: https://web.archive.org/web/20131106203025/http://home.no/gunnare/downloads.htm
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

ARMINATOR2


Descrição: simulador do sintetizador Yamaha CS80.
Link para download: http://www.vst4free.com/free_vst.php?plugin=Arminator&id=2816
Compatibilidade: Carla e LMMS
Licença: freeware

OB-XD


Descrição: simulador analógico baseado no Oberheim OB-X.
Link para download: https://www.kvraudio.com/product/ob-xd---virtual-analog-synthesizer-by-discodsp
Compatibilidade: Carla
Licença: GNU-GPL

FLUIDR3_GM


Descrição: sintetizador compatível com SoundFont 2, dispondo de centenas de instrumentos.
Link para download: http://www.fluidsynth.org/
Compatibilidade: Carla
Licença: GNU-GPL

NEKOBI


Descrição: sintetizador simples de oscilador único baseado no Roland TB-303.
Link para download: https://github.com/DISTRHO/Nekobi
Compatibilidade: Carla
Licença: GNU-GPL

ZYNADDSUBFX


Descrição: sintetizador com síntese combinada, aditiva e subtrativa.
Link para download: http://zynaddsubfx.sourceforge.net/
Compatibilidade: Carla
Licença: GNU-GPL

 YOSHIMI


Descrição: sintetizador com três mecanismos de síntese combinados.
Link para download: http://yoshimi.sourceforge.net/
Compatibilidade: Carla
Licença: GNU-GPL

ARMINATOR2 E MODULAIR COM EFEITO FLANGER

Neste vídeo, coloquei no Rack do Carla os sintetizadores Arminator2 e Modulair. Além disto, coloquei o módulo de efeito Flanger. Conectei, via Jack e ladish (veja esta postagem), o meu teclado controlador MIDI no Carla e saiu este som aí.